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domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Hepatite C e os tratamentos

O médico me explicou a bateria de exames que eu deveria fazer, da biopsia hepática para saber como estava o fígado, como seria o tratamento e as probabilidades e o sucesso de cura.

Ele explicou que há 3 tipos de genótipos. O genótipo 1 e os genótipos 2 e 3. O primeiro é o mais comum entre os pacientes infectados com o vírus HCV, mas é o mais resistente e mais difícil de tratar. O tratamento tem duração de 11 meses. Já os genótipos 2 e 3 são mais fáceis de tratar, pois respondem melhor ao tratamento. O tratamento tem duração de 6 meses.

A bateria de exames que eu faria revelaria muitas coisas, inclusive o tipo de genótipo e, consequentemente, a identificação do tratamento mais adequado.

Uma das dúvidas que tive foi com relação aos custos do tratamento. O Dr. Infecto para minha surpresa explicou que custava zero Reais pelo SUS. O SUS (Sistema Único de Saúde) trata pacientes com hepatite C gratuitamente, e bastava eu provar que precisava do tratamento. Afirmou ainda que a entrada nos papéis é um tanto burocrática, mas não demorada. Logo imaginei que se justifica pelo alto custo do tratamento.
Para solicitar o tratamento, todos os exames devem ser anexados a inúmeros formulários. Um médico do SUS confere os exames e avalia se preencho todos os requisitos para iniciar o tratamento. O tratamento é composto por dois tipos de medicamento. Uma injeção e comprimidos via administração oral. A injeção é o Interferon Peguilado (Pegasys – alfapeginterferona 2 a*), fabricado na Suíça, pelos laboratórios Roche, e a Ribavirina (ribavirina 250mg) fabricada pelo Fundação Osvaldo Cruz/Farmanguinhos. A combinação desses dois medicamentos é que combaterão o vírus.

O doutor explicou que o Interferon possui atividade antiviral, estimulando o sistema de defesa a atacar os antígenos dos vírus que se estabeleceram nas células. Por ser um imunomodulador, ativa o sistema imunológico de diversas formas, fazendo com que este atue com maior eficácia na luta contra as doenças.

Os primeiros exames foram pedidos (todos de sangue): Glicose, Creatinina, Transaminase Oxalacética, Transaminase Pirúvica, Hemograma com Contagem de Plaquetas, Tempo de Protrombina e Atividade, Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada, HormônioTireoestimulante, Ultra Sensível TSH, Alfa Fetoproteína, Perfil Hepatite A (Anti HAV) e Hepatite B (Anticorpo Anti HBs). Foi-me também solicitado um novo exame para detectar e confirmar a presença do vírus. Detecção do Vírus da Hepatite C (HCV) e deu o seguinte resultado: >Limite de detecção: 30UI/mL

Pronto, com a confirmação da presença do vírus, exames mais específicos foram solicitados, como: Carga Viral e a genotipagem para a Hepatite C . Confirmada a detecção do vírus, eu pelo menos tinha a esperança de o resultado não acusar o Genótipo 1. Bom, não diferente da maioria da população, confirmou-se o Genótipo Subtipo 1B. Já a Carga Viral de 547.302 UI/mL.

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