Eu tenho o meu próprio kit. E você?

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domingo, 25 de março de 2012

Resultado dos Exames

No dia 29/02 fui com meu marido ao infectologista para que ele explicasse os exames.

Eis os resultados:

  • Glicose: 84mg/dl
  • Creatinina: 0,78mg/dl
  • Ferro: 170 ug/dl
  • Transaminase Pirúvica: 37 U/L
  • Transaminase Oxalacética: 29 U/L
  • Hemograma com Contagem de Plaquetas: tudo ok
  • Hormônio Tireoestimulante: 1,43 uUI/mL
  • Vitamina D: 34,0 ng/mL
  • Hepatite C (HCV) Carga Viral: 62.403 UI/mL - 4,80 UI em log/mL  
Ele explicou que estava tudo Ok, com exceto o da Carga Viral que ainda não havia reduzido significantemente. Explicou ainda que eu deveria repeti-los na 12ª semana do tratamento. A continuidade ou não do tratamento dependerá da redução do "log/mL". 

Ele deixou bem claro que se caso não haja redução para 2 log, eu me enquadraria nos pacientes "não-respondedores", que o tratamento deverá ser descontinuado e outra opção de tratamento deverá ser adotada.

Confesso que meu mundo caiu quando ouvi essa notícia. Claro que ainda havia algumas semanas de tratamento e que eu deveria torcer para que desse certo, afinal era mais uma chance.

A outra opção de tratamento, disse o médico, ainda não existe. As novas drogas como o  Boceprevir e o Telaprevir eram essas opções. Esses medicamentos já foram autorizados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), são caros, mas ainda não estão sendo distribuídos gratuitamente pela rede pública. Ele ressaltou que há milhares de pacientes "não-respondedores" a espera desse tratamento.

O Boceprevir e o Telaprevir são inibidores de protease e impedem a replicação do vírus.



Exames e expectativas


No dia 24/02 fui coletar sangue para saber como anda tratamento. 

O médico pediu: 

Glicose, Creatinina, Ferro, Transaminase Pirúvica, Transaminase Oxalacética, Hemograma com Contagem de Plaquetas, Hormônio Tireoestimulante, Vitamina D e a Hepatite C (HCV) Carga Viral. 

Estou na expectativa de bons resultados .

Sétima semana: 24 a 29/02/2012

Tive fortes dores de cabeça neste final de semana.

As tensões do trabalho tem me deixado de pavio curto. Penso ser os efeitos dos remédios. A irritabilidade tem estado muito presente nesses últimos dias. Daí, junta a TPM e tudo parece ficar maior...

Sensibilidade a flor da pele: estou muito chorosa.



Sexta semana: 17 a 23/02/2012

Fui caminhar na terça 21. Caminhada leve, de 20 minutos.

Continuo muito estressada com o trabalho.

Tive insônia: acordei as 03:00 e não conseguia mais dormir. Liguei a TV, assisti um filme. Tive fortes câimbras nesta noite.

Dor de cabeça na sexta.

Quinta semana: 10 a 16/02/2012

Essa foi a semana que menos senti os efeitos dos remédios. Apenas uma leve dor nas costas e uma forte dor de cabeça na quarta 15, me incomodaram. 

O stress no trabalho persiste. 

Minhas aulas da pós graduação recomeçaram no dia 13/02.

Todos os dias eu penso: "preciso cuidar mais de mim", "preciso ir com mais calma"...

sexta-feira, 23 de março de 2012

Novas drogas aumentam taxa de cura de pacientes com hepatite C - Saúde - Notícia - VEJA.com

Novas drogas aumentam taxa de cura de pacientes com hepatite C - Saúde - Notícia - VEJA.com
28/09/2011 - 14:34

As drogas boceprevir e telaprevir devem estar disponíveis no país até 2012.

Pacientes diagnosticados com hepatite C e que não respondem aos tratamentos atuais poderão ter uma nova esperança de cura com o lançamento de novas drogas conhecidas como antivirais de ação direta – o boceprevir e o telaprevir. Os novos medicamentos são inibidores de protease, que impedem a replicação do vírus e impossibilitam o progresso da doença. Segundo os resultados dos estudos finais, enquanto o tratamento convencional curava entre 40 e 45% dos pacientes, a combinação com os novos medicamentos cura entre 70 e 75%. Até agora, pacientes com hepatite C eram tratados com interferon, um quimioterápico que estimula o sistema imunológico, associado ao antiviral ribavirina. A partir do lançamento das novas drogas, o tratamento será feito com terapia tripla – os dois já existentes combinados com as novas drogas.

"Os medicamentos serão válidos tanto para os pacientes que nunca foram tratados como também para aqueles que já tomaram o remédio e não responderam ao tratamento. Do total das pessoas tratadas com os medicamentos atuais, 60% receberam remédio e não foram curados", diz Maria Lúcia Ferraz, infectologista e coordenadora da Casa da Hepatite da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Essas drogas são voltadas para o genótipo 1 da hepatite C – responsável por 70% dos casos da doença no país. Outro benefício da nova droga é a redução do tempo total de tratamento – atualmente, varia entre um ano e um ano e meio. Os novos remédios poderão ser utilizados por três meses e seis meses, no caso do telaprevir e boceprevir, respectivamente. Se apresentarem boa resposta ao medicamento, os pacientes não precisarão prolongar o tratamento.

Efeitos colaterais — Apesar de inovadoras e com resultados extremamente positivos no quesito cura e duração de tratamento, as novas drogas não reduzem os efeitos colaterais de quem faz o tratamento. Pelo contrário, o boceprevir potencializa a anemia nos pacientes tratados e o telaprevir adiciona problemas dermatológicos como o rash cutâneo, uma vermelhidão na pele que pode provocar coceiras.

"Os médicos vão ter que escolher entre os dois medicamentos e isso vai depender da praticidade do uso e também dos efeitos colaterais de acordo com a história de cada paciente", diz Fernando Gonçalez, coordenador do grupo de estudos das hepatites virais da Universidade Estadual de Campinas. Como os medicamentos são novos até mesmo no exterior, ainda não há muita experiência internacional para ser utilizada pelos médicos brasileiros, que discutem no Congresso Brasileiro de Hepatologia a interação das novas drogas com o uso de medicamentos para o colesterol e hipertensão, por exemplo.

O boceprevir foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em julho deste ano, mas ainda aguarda o processo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) para estabelecer o preço que será comercializado. Já o telaprevir aguarda a aprovação da Anvisa, que está prevista para ocorrer até dezembro deste ano.

Custo por paciente — Estima-se que o valor do tratamento deve quase triplicar com a chegada dos medicamentos – um acréscimo de cerca de 10 mil reais por mês de tratamento. "Agora, é preciso aguardar uma portaria do ministério que vai estabelecer quem vai poder receber o tratamento e quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) está disposto a pagar na rede pública. Normalmente, o governo adota novas tecnologias, mas demora cerca de três anos", explica Hugo Cheinquer, hepatologista da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Federal das Ciências da Saúde de Porto Alegre.

Quarta semana: 03 a 09/02/2012

A quarta injeção de Interferon foi no dia 03/02/2012.

Tive dores de cabeça durante quase toda a semana, que foram aliviadas com Dipirona.

O trabalho nessa semana me proporcionaram muito stress e tensão.

Semana difícil. Nessas condições não tem como seguir uma vida regrada, como recomendou meu médico.

Terceira semana: 27/01 a 02/02/2012

A terceira injeção de Interferon foi no dia 27/01/12.

Foi uma semana de muitas dores. 

Começou no pescoço com uma forte tensão na região do pescoço e terminou na região lombar. A dor era tanta que eu praticamente me arrastava. Tinha que andar curvada, pois não conseguia ficar ereta.

Liguei para o meu médico que me receitou Dorilax. Foi um alívio, mas me trouxe muita sonolência.

Comecei a perceber ressecamento na pele.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Consulta com minha ginecologista

No dia 09/02 fui à minha ginecologista.

Desde o dia em que descobri a Hepatite C, (graças à minha médica que pediu esse exame) eu não havia mais me consultado com ela.

Como meus exames de rotinas estavam um pouco atrasados, fui ver se estava tudo ok, e também, para atualizá-la sobre todos os passos que tomei após a descoberta da doença. 

Além da prescrição de alguns exames, perguntei à ela sobre o método de anti-concepção. Ela me indicou aqueles adesivos, mas me recomendou confirmar com meu médico se havia alguma restrição, pois afinal, todo e qualquer medicamento é absorvido pelo fígado.




domingo, 11 de março de 2012

Metade da população não sabe o que é hepatite C, indica Datafolha

28/09/2011 - 09h49
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR

Os brasileiros sabem pouco sobre hepatite C, apesar de a doença ser responsável por metade dos quadros de cirrose ou câncer que demandam transplantes de fígado.

Pesquisa Datafolha mostra que metade da população (51%) não é capaz de dizer espontaneamente o que é a doença, apesar de reconhecê-la como grave e contagiosa.

Os dados da pesquisa, que ouviu 1.137 pessoas em 11 cidades no mês de julho, foram apresentados na terça-feira, em Salvador, durante o Congresso Brasileiro de Hepatologia. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia estima que até 2 milhões de brasileiros tenham a doença, mas só 20 mil estão em tratamento.
A pesquisa mostrou outro dado alarmante: 25% dos entrevistados acreditam, equivocadamente, que há vacina contra a hepatite C --e 7% dizem ter sido imunizados.
"As hepatites virais são doenças negligenciadas no Brasil. Precisamos fazer com elas o que foi feito com a Aids. Hoje todo mundo tem informação sobre o HIV", diz o presidente da sociedade, Raymundo Paraná.

DIAGNÓSTICO TARDIO

A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, abuso de álcool e de medicamentos ou ser hereditária.
Descoberto em 1989, o tipo C é transmitido pelo uso compartilhado de agulhas e seringas contaminadas e em transfusões de sangue.
Se tratada nos estágios iniciais, a doença é curável.

Para efeito de comparação, o número de pacientes com cirrose hepática em decorrência de hepatite é duas vezes maior do que o dos que desenvolveram o quadro pelo consumo de álcool.

"Como 80% dos casos não apresentam sintomas, a pessoa não faz exames. Anos depois, temos de cuidar não de uma hepatite, mas de uma lesão séria no fígado", diz o infectologista Fernando Gonçales, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A doença representou 70% das mortes entre todos os tipos de hepatites ocorridas nos últimos dez anos no país, ou seja, cerca de 14,9 mil mortes no período, segundo o Ministério da Saúde.

Fonte: Caderno Folha Equilíbrio de 28/09/2011

Kit Manicure

Completei neste final de semana meu kit manicure.

Usar ferramentas do próprio salão mesmo que esterilizadas? Nem pensar!

O meu kit além dos alicates de cutícula (mais que óbvio), tem espátula, cortador de unhas, tesourinha, vários tipos de lixa, palitos e vários esmaltes!

Nos EUA, mortalidade por hepatite C ultrapassa a da Aids

FOLHA EQUILÍBRIO E SAÚDE
DO "NEW YORK TIMES"
06/03/2012 - 10h40

Nos Estados Unidos, morrem mais pessoas por hepatite C do que por Aids, indica um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Atualmente são mais de 3,2 milhões de norte-americanos infectados pela hepatite C.
Com base em dados de mais de 22 milhões de óbitos e suas causas, no período entre 1999-2007, os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade por hepatite C passou de menos que três óbitos para quase 5 a cada cem mil.
Durante o mesmo período, a taxa de mortalidade em consequência do HIV diminuiu de mais de seis óbitos para pouco menos que quatro a cada cem mil.
Em 2007, ocorreram 15.106 mortes em decorrência da hepatite C e quase 75% na faixa etária entre 45 e 64 anos.
O relatório aparece na edição de 21 de fevereiro da revista "The Annals of Internal Medicine".
O médico John W. Ward, diretor da Divisão de Hepatite Viral dos centros de controle e um dos autores do estudo, afirmou que hoje existe um tratamento aproximadamente 70% eficaz na remoção do vírus do organismo.
Contudo, disse Ward, a maioria das pessoas infectadas não sabe de sua condição e não é tratada.
"As diminuições nas taxas de mortalidade relacionadas ao HIV são o reflexo do desenvolvimento de respostas à epidemia no domínio da saúde pública que melhoraram os exames e forneceram meios de acesso a um tratamento eficaz", afirmou.
Ele acrescentou que um programa parecido para a hepatite C ajudaria a se obter resultados semelhantes.

Segunda semana: 20 a 26/01/2012

A segunda injeção de Interferon foi no dia 20/01/12.

Alguns efeitos colaterais foram novidade como: gosto metalizado na boca e sono leve. Dorminhoca do jeito que eu sou, eu estava incrivelmente sem disposição para dormir, mesmo estando muito cansada.

As náuseas, os enjôos e as dores de cabeça ainda me acompanhavam. O Tylenol passou a ser meu companheiro diário.

Uma das coisas curiosas que ouvi sobre os efeitos colaterais era que se eu sentisse dor ou qualquer outro desconforto que viesse a me atrapalhar, eu deveria ser medicada (com remédios devidamente prescritos, claro) para não sofrer. Uma das coisas que também me foi explicado era que os efeitos colaterais são um indicador de que o medicamento estava fazendo efeito.

Primeira semana: 13 a 19/01/2012

Logo no café da manhã, mais dois comprimidos de Ribavirina.

Na primeira semana senti desconfortos que me causaram:
  • náuseas
  • enjôos
  • dores de cabeça
Esses sintomas foram bem tolerados. Para a dor de cabeça que era o que mais me incomodava, me recomendaram tomar Tylenol ou analgésicos a base de Paracetamol. Foi suficiente e fez com que minimizasse a dor. Eu tomei os remédios com muita parcimônia, e somente quando estava realmente insuportável.

Expectativas depois da 1ª injeção de Interferon

É engraçado como nossa mente tem força. Acredita que minutos depois da injeção já estava sentindo enjôos? Claro que era tudo imaginário, e não era pra menos, pois afinal, depois de tanto ler a respeito, minha mente e meu corpo pareciam estar condicionados a sentir tudo!

Bom, fui pra casa, preparei o que comer para o jantar e tomei os dois primeiros comprimidos de Ribavirina.

Fui dormir pensando como seria o meu primeiro dia sob os efeitos dos dois medicamentos.

domingo, 4 de março de 2012

Minha 1ª injeção de Interferon Peguilado – 13/01/2012

Chegou o grande dia!

Fui ao CRT com o meu marido para retirar os comprimidos de Ribavirina e tomar a 1ª injeção de Interferon Peguilado (Pegasys).

O atendente muito atencioso verificou minha papelada e explicou todos os procedimentos durante os 11 meses de tratamento. Disse que eu poderia tomar as injeções lá mesmo no CRT ou levar para casa as 4 doses do mês para eu mesma aplicar. Para isso, bastava eu trazer um isopor pequeno (as doses precisam ser refrigeradas). Como eu não sabia e não tinha certeza de nada, preferi claro tomar as primeiras injeções no próprio CRT para depois me decidir. Ele ainda me perguntou o dia que escolhi para tomar as injeções, e explicou dos possíveis efeitos colaterais e de toda assistência que o CRT para no caso de esses efeitos causarem desconfortos como anemia, perda de peso, depressão, etc. Disse que eu deveria tomar muita água, pois amenizaria os efeitos colaterais. Por fim, anotou minha altera e peso (1,74m e 71kg).

Para o mês, ele me entregou 120 cápsulas da Ribavirina, que eu deveria tomar 4 por dia, junto com as refeições (duas no café da manhã e duas no jantar). Depois, me entregou a caixinha do Pegasys.



Papelada carimbada e munida de todas as informações, ele me indicou a enfermaria e lá fui eu tomar a 1ª dose das 44.

Com tamanha ansiedade, cheguei à enfermaria. Uma das enfermeiras, muito atenciosa explicou em detalhes como seria o tratamento, as aplicações e os procedimentos que eu deveria adotar dali pra frente. Ela perguntou se eu iria sempre tomar as injeções ali. Se sim, eles abririam uma ficha de acompanhamento e em cada aplicação, verificariam minha pressão arterial, minha temperatura e peso. Eu seria acompanhada durante todo o tratamento. Como eu não tinha certeza e até cheguei a pensar na hipótese de me auto-aplicar, eu preferi ver como são as aplicações para depois decidir. Combinei que na 4ª aplicação eu viria com a decisão tomada.

Foram medidas minha pressão (11,8), a temperatura (36,6ºC) e peso (71,8kg).
Por se tratar de uma injeção subcutânea, me foram mostrados os pontos do corpo em que se pode fazer a aplicação: coxa, superfície externa do braço, abdome (exceto umbigo e cintura). O local da aplicação é sempre variado. Por exemplo: no mês serão quatro injeções. A primeira no abdome direito (ao lado do umbigo), a segunda no abdome esquerdo, a terceira no braço direito e a quarta no braço esquerdo. Depois inicia novamente. A aplicação é feita no local onde se apresenta maior camada de gordura.

A primeira aplicação foi no abdome direito. Com uma agulha bem fininha e curtinha. Não senti nada e foi super tranquilo. A enfermeira explicou que dentro de alguns dias eu ficaria com uma coloração rosada no local da aplicação, que permaneceria por semanas. Explicou também os efeitos colaterais e que deveria tomar muita água.

Saí dali confiante e com um contador em mente: menos 1 dia de tratamento!