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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Ampliado o acesso ao tratamento com boceprevir e telaprevir para casos de fibrose F2

13/11/2013 

O Ministério da Saúde decidiu ampliar o acesso à terapia tripla para o tratamento da hepatite C. A partir de agora, pacientes que não necessariamente estão em estágio avançado da doença e não têm cirrose terão acesso ao tratamento que eleva para até 80% a chance de cura. Para usufruir da terapia tripla, os pacientes não precisarão fazer a biópsia novamente se tiverem feito o exame há três anos ou mais e tiverem uma classificação de METAVIR F2 ou mais. Atualmente, de 5% a 20% dos pacientes crônicos com hepatite C evoluem para cirrose se não tratados. 

A medida dará mais autonomia para o médico analisar o paciente e prescrever o tratamento. Também visa diminuir casos graves da doença, fazendo com que mais pacientes tenham acesso aos medicamentos modernos, os chamados inibidores de protease, Desde janeiro de 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu a terapia tripla no tratamento da hepatite C com a combinação dos inibidores de protease Boceprevir e Telaprevir com interferon peguilado e ribavirina, a chamada terapia padrão.

Atualmente, cerca de mil pacientes já se beneficiam da terapia tripla pelo SUS. Para 2014, a expectativa é que 5.500 pacientes sejam tratados com os inibidores de protease. 

O Brasil possui hoje 1,5 milhão de pessoas convivendo com o vírus da hepatite C, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que a maioria sejam adultos entre 45 e 64 anos e que o número de infectados possa chegar a 2,5 milhões, já que muitos ignoram estar doentes. 

Atualmente, a doença é responsável por 50% dos transplantes hepáticos realizados no país. Alguns fatores são mais críticos para o desenvolvimento da cirrose, como idade superior a 40 anos no momento da infecção, ser do sexo masculino, fazer uso de álcool, ter coinfecção com o vírus da hepatite B ou com o HIV, entre outros. 

A detecção e o tratamento precoces da hepatite C são essenciais para o aumento da qualidade e expectativa de vida e para a cura da doença. O anti-HCV (anticorpo produzido naturalmente pelo organismo) é o primeiro teste que deve ser feito nos pacientes para triagem da doença e marca o contato da pessoa com o vírus da hepatite C. Esse anticorpo demora de 4 a 6 semanas para se tornar detectável no sangue dos pacientes após o contato com o vírus, podendo persistir indefinidamente.

Outro exame que pode ser utilizado é o PCR, que mostra a presença do vírus no organismo do paciente. O PCR pode ser qualitativo (indica a presença ou não do vírus) ou quantitativo (avalia a quantidade de vírus presentes). 

Desde 2011, o Ministério da Saúde ampliou a oferta de testes rápidos gratuitos para detecção da hepatite C, nos chamados CTAS (Centros de Testagem e Aconselhamento). O atendimento no CTA é inteiramente sigiloso e, se o resultado do teste for positivo, a pessoa é encaminhada para tratamento nos serviços de referência. 

Para localizar o CTA mais próximo da sua residência basta acessar o link:
e clicar na caixa Localizar endereço na coluna à direita da página inicial. 

Fonte: Carlos Varaldo

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